O empresário Luiz Augusto, atua com compra e venda de carros usados há 30 anos. Ele conta como o período rigorosa da pandemia trouxe prejuízos financeiros ao setor. O empresário conta que a situação começou a melhorar neste segundo semestre e releva que, para sua surpresa, já na primeira quinzena de outubro bateu recorde de vendas, o que representa a recuperação parcial das atividades. “Acredito que quem vá usar o transporte público ou mesmo o transporte de aplicativo fica com essa insegurança. E não existe nada mais seguro que o seu automóvel, você limpou, você higienizou e você sabe onde você está”, opina.
No geral, ao escolher um veículo usado, a preferência dos compradores é por carros de 9 a 12 anos de rodagem, chamados “usados maduros”. Já os considerados “velhinhos”, que circulam há pelo menos 13 anos ou mais, são a segunda opção. Em seguida estão os “usados jovens”, de 4 a 8 anos, e os seminovos, de até 3 anos. Dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, apontam que até a primeira quinzena de março, a média diária de usados vendidos era de 61 mil veículos. Com a pandemia, já no início de abril, esse número despencou para 10 mil. Mas com a flexibilização da quarentena, pouco a pouco o setor foi se recuperando no Brasil. Em agosto de 2020, o número de vendas no país foi de cerca de 1,2 milhão. No mês seguinte, as vendas cresceram e chegaram a quase 1,4 milhão, número que, também supera, o mesmo período do ano passado, que foi de cerca de 1,2 milhão.
Segundo o presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de veículos Automotores, Ilídio dos Santos, o crescimento do setor se deve a diversos fatores, entre eles, a chamada “troca com troco“, que é quando a pessoa, substitui o próprio carro por um veículo mais rodado, para adquirir uma parte em dinheiro. Além disso, ainda segundo o presidente da Fenauto, o momento é propício para a compra de veículos usados. “O momento está muito propício para a compra, primeiro pelos preços que não aumentaram e, hoje, estamos com taxa de juros bem baixa, nunca esteve tão baixa como está agora e as condições de financiamento também estão excelentes”, avalia. Em agosto, os ônibus da cidade de São Paulo perderam mais da metade dos passageiros com a pandemia. De acordo com dados da SPTrans, o número de pessoas transportadas por dia caiu de 3,3 milhões, registrado do novo coronavírus, para um 1,5 milhão em julho.
*Com informações da repórter Caterina Achutti