Desde março a prefeitura de São Paulo não autoriza o fechamento da Avenida Paulista para evitar aglomerações, em razão da pandemia do coronavírus. Neste domingo, 1, motoristas foram surpreendidos com o bloqueio total da via e houve congestionamento pelos desvios forçados, pelo fechamento total, nos dois sentidos, entre o Masp e a alameda Campinas. A manifestação foi convocada pelas redes sociais contra a vacinaçãoobrigatória quando houver a vacina contra o coronavírus. O governador João Doria (PSDB) foi o alvo principal dos manifestantes, nitidamente alinhados com presidente Jair Bolsonaro.
A vacina ainda não existe, mas a discussão em torno da obrigatoriedade é como se ela já estivesse disponível na geladeira para aplicação hoje. Mas pela quantidade de pessoas sem máscara na Avenida Paulista parece que a pandemia acabou. O ato também serviu para candidatos a vereador darem o seu recado a duas semanas da eleição. Doria também foi criticado pelo isolamento social e os impactos econômicos do coronavírus. São Paulo ultrapassou no domingo a marca de 1 milhão de pessoas recuperadas da doença, 90% do total de infectados. O estado tem mais de 39.300 mortes pela doença. Um ato nesta terça-feira, 2, vai homenagear as vítimas no centro da capital. Ao meio-dia, haverá um minuto de sirenes com ambulâncias no Largo do Arouche. Monumentos da capital também receberão uma faixa preta em luto pelas vidas perdidas.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos