A taxa de desemprego no Brasil alcançou o patamar recorde de 14,4% no trimestre encerrado em agosto, o maior da série histórica iniciada em 2012 pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Isto representa um aumento de 2,6% em relação ao percentual registrado no mesmo período de 2019. No total, são 13,8 milhões de pessoas na fila do emprego. No trimestre anterior, entre os meses de março, abril e maio, o desemprego no Brasil havia fechado em 12,9%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 30.
O aumento na taxa de desemprego ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus. Ainda segundo os dados da Pnad Contínua, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 29,1 milhões, foi o menor da série, caindo 6,5% (menos 2,0 milhões de pessoas) frente ao trimestre anterior e de 12,0% (menos 4,0 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (8,8 milhões de pessoas) caiu 5,0% (menos 463 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e 25,8% (menos 3,0 milhões) ante o mesmo trimestre de 2019.