No dia 29 de uma quinta-feira, uma ação policial desencadeou a prisão de uma dupla suspeita de um sofisticado golpe: o furto de quase R$ 4 milhões em criptomoedas de um casal de idosos em Campo Grande. Os mandados de prisão e busca foram executados em Osasco (SP) e Curitiba (PR), resultando na detenção dos sul-mato-grossenses Filippe Barreto Sims e Jair do Lago Ferreira Júnior. A investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros (Garras) revelou que os suspeitos obtiveram as senhas das contas online das vítimas ao estabelecerem uma relação de amizade falsa com o casal.
O delegado João Paulo Sartori, responsável pelo caso, explicou que os criminosos se infiltraram na confiança das vítimas, oferecendo serviços de assessoria. Aproveitando-se desse acesso privilegiado, conseguiram desviar cerca de R$ 3,6 milhões em criptomoedas. Após a descoberta do furto, o casal lesado acionou as autoridades, dando início a uma complexa operação de investigação.
A atuação conjunta do Garras e do Núcleo de Operações com Criptoativos do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab/MJSP) foi fundamental para rastrear os ativos digitais e identificar os criminosos. O coordenador do Ciberlab, Alesandro Barreto, destacou os desafios crescentes na investigação de crimes cibernéticos e a evolução das técnicas empregadas nessa área.
Os suspeitos enfrentam agora possíveis penas de quatro a oito anos de prisão pelo furto qualificado, com uma possível acréscimo de um a três anos pela associação criminosa. O caso, batizado de “Operação Verbum Clavis” – que significa “Palavra-Chave” em latim – destaca a importância do combate ao crime cibernético e a necessidade de proteger os investimentos e informações pessoais no ambiente digital.
