A região classificada como alto risco epidemiológico é a de Santa Rosa
O mapa preliminar da 26ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta-feira (30), se mantém com apenas uma região em bandeira vermelha – novamente na macrorregião Missioneira. Desta vez, a região Covid classificada como alto risco epidemiológico é a de Santa Rosa. Em vermelho na 25ª rodada, Cruz Alta voltou para a bandeira laranja (risco epidemiológico médio). As demais 19 regiões do mapa permanecem em bandeira laranja. A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda-feira (2), por meio de notícia publicada no site do governo do Estado. A vigência das bandeiras da 26ª rodada começa à 0h de terça-feira (3) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (9).
A região de Santa Rosa registrou, ao longo da última semana, 19 hospitalizações confirmadas por Covid-19 – nos sete dias anteriores, foram apenas cinco casos. Nesta quinta-feira (29), quando do levantamento dos dados, eram 10 pacientes em leitos clínicos pela doença – na quinta-feira anterior (22), eram apenas três. A região ainda teve redução de 20 para 18 leitos de UTI livres de uma semana para outra.
Cruz Alta, que também integra a macrorregião Missioneira, conseguiu reduzir os registros de hospitalização por Covid-19 entre uma semana e outra. No acumulado dos últimos sete dias, a região teve 14 registros, quando antes somou 26 casos. A região também apresentou ligeira melhora no indicador que mede a capacidade de atendimento para os casos que exigem tratamento intensivo. O número de leitos de UTI livres aumentou de seis unidades no levantamento anterior para 10 nesta semana.
Observou-se, em todo o Rio Grande do Sul, redução dos registros de novas hospitalizações (queda de 7%), embora o número de internados em leitos clínicos confirmados com Covid-19 se mantenha em elevação (aumento de 5%). O número de internados em UTI, por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e confirmados com Covid-19, também teve aumento na semana. Mesmo contabilizando os pacientes internados por outras causas, houve queda na quantidade de leitos de UTI ocupados. Com a diminuição no total de leitos de UTI no Estado, houve leve redução na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19.
Das 21 regiões Covid, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema de cogestão do Distanciamento Controlado. As regiões em cogestão classificadas em bandeira vermelha podem adotar regras de bandeira laranja, e as classificadas em laranja podem adotar protocolos de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).Paralelamente aos pedidos de cogestão, o Estado aceitará pedidos de reconsideração à classificação de risco, que podem ser feitos via associação regional por meio de formulário eletrônico, no prazo máximo de 36 horas após a divulgação do mapa preliminar – até as 6h de domingo (1/11).
Alertas
A equipe de monitoramento do Comitê de Dados chama atenção para o elevado crescimento em novos registros de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias nas regiões de Santa Rosa, Ijuí, Capão da Canoa, Palmeira das Missões, Taquara, Caxias do Sul e Passo Fundo. As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (262), Caxias do Sul (88), Canoas (68), Passo Fundo (63) e Novo Hamburgo (56).
Vale lembrar que o modelo do Distanciamento Controlado leva em consideração 11 indicadores de propagação do vírus e de capacidade hospitalar de cada região. Em algumas rodadas, alguns indicadores pioram, mas outros melhoram, e é isso que mantém a estabilidade que o Rio Grande do Sul tem visto refletida no mapa. Por exemplo, o número de novas hospitalizações, entre as duas últimas semanas, reduziu 7% (de 897 para 830). O número de óbitos também caiu 11%, de 236 para 211 entre as duas últimas quintas-feiras. No entanto, o número de internados em UTI por SRAG, de internados em leitos clínico e de internados em leitos de UTI aumentou no mesmo período. Por isso, recomendam especialistas, a população precisa seguir em alerta, observando medidas de higiene (lavar as mãos, etiqueta respiratória e uso de álcool gel) e protocolos sanitários.
Regra 0-0
Conforme o mapa preliminar da 26ª rodada, 22 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 236.497 habitantes, o que corresponde a 2,1% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes). Desses, nove municípios (35.884 habitantes, 0,3% da população em bandeira vermelha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local. Além disso, do total de 475 municípios em bandeira laranja (11.093.108 habitantes, 97,9% da população do RS), 258 (1.284.421 habitantes, 11,3% da população em bandeira laranja) podem adotar protocolos de bandeira amarela.
Números da 26ª rodada
– número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 reduziu 7% entre as duas últimas semanas (de 897 para 830);
– número de internados em UTI por SRAG aumentou 5% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (de 681 para 712);
– número de internados em leitos clínicos com Covid-19 aumentou 7% entre as duas últimas quintas-feiras (de 721 para 768);
– número de internados em leitos de UTI com Covid-19 aumentou 6% entre as duas últimas quintas-feiras (de 539 para 573);
– número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS aumentou 7% entre as duas últimas quintas-feiras (de 774 para 791);
– número de casos ativos aumentou 28% entre as duas últimas semanas (de 10.190 para 13.061);
– número de óbitos por Covid-19 reduziu 11% entre as duas últimas quintas-feiras (de 236 para 211).