A Procuradoria russa ordenou, nesta sexta-feira (11), um “controle estrito” das empresas estrangeiras que anunciaram que estão suspendendo suas atividades no país, devido à intervenção militar russa na Ucrânia.
“Os procuradores vão estabelecer um controle estrito do respeito à lei trabalhista, pagamento de salários e cumprimento de obrigações contratuais”, anunciou o procurador-geral, em um comunicado.
A declaração assegura que “reprimirá com firmeza” qualquer tentativa das empresas que deixem a Rússia “de não respeitar unilateralmente suas obrigações”.
Além disso, ameaça adotar ações legais contra empresas que alegarem falência “fictícia, ou premeditada”.
Após a entrada do exército russo na Ucrânia, muitas empresas anunciaram suspender, ou cancelar, suas atividades na Rússia: da Coca-Cola à H&M, passando por McDonald’s, Ikea, Shell e BP.
Sem pronunciar a palavra “nacionalização”, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou nessa quinta ser favorável à nomeação de administradores “externos” na gestão de empresas estrangeiras que saem do país “para transferi-las para quem quiser fazê-las funcionar”.
Centenas de milhares de empregos estão ameaçados, em um momento em que as sanções ocidentais que atingem o sistema financeiro russo e sua indústria podem mergulhar o país em uma profunda crise econômica.