PF tenta prender 5 em nova fase de operação sobre os atos golpistas; Léo Índio é alvo de buscas

Ao todo, policiais cumprem 13 mandados de busca em MT, SP, RJ e DF. Primo dos filhos de Bolsonaro, Léo Índio publicou fotos em que aparece em cima do Congresso nos atos de vandalismo.

A Polícia Federal tenta prender nesta quarta-feira (25) mais cinco suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro – quando vândalos invadiram e danificaram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em Brasília.

Além dos mandados de prisão preventiva, a PF cumpre também 13 ordens de busca e apreensão contra 12 suspeitos em quatro estados. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

A GloboNews apurou que Léo Índio, primo de três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, está entre os alvos de buscas. No fim de janeiro, a PF já tinha feito buscas em endereços dele em Brasília e no Rio.

Até as 9h50, quatro dos cinco mandados de prisão já tinham sido cumpridos. A TV Globo apurou que os alvos são:

José Carlos da Silva, de Cuiabá (MT) (também alvo de buscas);
Luiz Antônio Villar de Sena, de Cuiabá (MT);
Cézar Guimarães Galli Júnior, de Cuiabá (MT);
Fabrício Cisneiros Colombo, de Cáceres (MT);
Walter Pereira, de Santos (SP).
Esta é a 19ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada ainda em janeiro. A etapa atual mira tanto os participantes dos atos golpistas quanto os incentivadores da ação.

Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).

Até a última atualização desta reportagem não haviam sido dadas informações sobre os alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão.
Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes:

abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido;
crimes da lei de terrorismo.
Léo Índio
Ainda nas horas seguintes aos atos de vandalismo em Brasília, em janeiro, Léo Índio publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma das postagens, ele aparece com os olhos vermelhos, segundo ele devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.

Em outro post, após a repercussão e em um ambiente que não parece ser a área central de Brasília, ele escreveu: “Muitos feridos, muitos socorridos. Patriotas não cometem vandalismo”.

Léo Índio, que se descreve em suas redes sociais como sobrinho de Bolsonaro, foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, mas não foi eleito. Ele também atuou como assessor do senador Chico Rodrigues (União-RR).

 

By Canoas Informa

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