A dívida pública federal chegou a 4,5 trilhões com alta de 2,59% em setembro. O coordenador de operações do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, ressalta preocupação dos investidores com novas ondas da Covid-19, com a eleição americana e as correções de preços após altas nas ações de tecnologia. “Formaram esse cenário mais negativo no cenário externo e colocaram em dúvida, por exemplo, questão de ritmo de recuperação da economia global. Então, nesse cenário, é natural que a percepção de risco de mercados emergentes piore.”
No campo domestico sobraram dúvidas sobre a política fiscal brasileira, sobre furar o teto de gastos para problemas assistenciais sem lastro para o pior setembro desde 2014. “Principalmente ritos relacionados a questões fiscais e isso acabou gerando uma alta na curva de juros uma alta concentrada principalmente nos vencimentos mais longos de forma que a gente teve 60 a 70 vezes de alta nos vencimentos mais longos e a curva de juros ganhando inclinação”, explica. As incertezas elevaram indicador do risco do Brasil acima do Colômbia, México, Peru e Chile em um movimento dos investidores de cobrarem taxas maiores para emprestar ao país em prazos mais longos e obrigando a resposta do Tesouro para emissão de títulos com prazos mais curtos.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos